domingo, 26 de abril de 2009

Pureza

Para que cultivar flores num jardim podre?
Os ossos se assemelham à galhos secos
O doce sabor do fruto é sujo e amargo
O nojo, a repulsa,

O vento traz as novas
A terra devolve a dor
Um estalo e tudo cai,
tudo tende a cair, esvair-se

Desce da copa,
Os frutos de cima já cairam
Assim como teu apreço

Não tens mais nada nas mãos,
criaste o desejo nas criaturas sórdidas,
pois vive, tudo tem um preço.

Um comentário:

marcello borba disse...

pois vive, tudo tem um preço.

não gosto de frases resumitivas,mas etsa diz muita coisa.

enfim, massa, mais um poema.